Olha a ciência dando uma ajudinha aos
universitários. Nesta época de tempo cada vez mais escasso, coloco a disposição
de vocês algumas dicas de como tirar melhor proveito daquelas poucas e preciosas
horas que temos disponíveis para estudar.
Pesquisas têm mostrado que algumas
técnicas de estudo do “senso comum” — como sempre ler no mesmo local calmo
ou gastar horas em um momento de concentração em um assunto — não promovem
aprendizagem de longo prazo. E alguns hábitos que você deve suspeitar não são
tão bons, como o estudo de últimos minutos antes de exames, podem até ser pior
do que você pensou. Segue três princípios tirados a partir de pesquisas na área
da psicologia cognitiva:
1. Espace
suas sessões de estudo: décadas de pesquisa têm demonstrado
que ter um espaçamento entre sessões de estudo por um período maior de tempo
melhora a memória de longo prazo. Em outras palavras, se você tem 12 horas para
gastar em um assunto, é melhor estudar isso por três horas a cada semana por
quatro semanas do que acumular todas às 12 horas na quarta semana. Possivelmente,
isso acontece em razão de esquecermos o que aprendemos na sua sessão de estudo
inicial. Então, quando voltamos ao material, a nova sessão de estudo estimula
as nossas memórias. Este processo — esquecimento e recuperação —
ajudaria a consolidar o novo conhecimento no lugar.
2. Misture seus assuntos: ao
contrário do que diz o senso comum o ideal não é sentar
e se concentrar em um único assunto por quanto tempo você puder ficar. As
pesquisas indicam que misturar tarefas e tópicos é uma aposta melhor. Como no
espaçamento, a chave pode estar na aprendizagem, esquecimento e reaprendizagem
que ajuda o cérebro a consolidar a nova informação para o longo prazo. Outro fator
relevante seria o “entrelaçamento” dos assuntos estudados, que nos forçaria
a notar e processar as similaridades e diferenças entre as coisas que estamos
tentando aprender, nos permitindo uma compreensão melhor e mais profunda do
material.
3. Teste a si próprio: buscar lembrar-se de informações
ajuda a fortalecer sua aprendizagem de longo prazo. Em outras palavras, podemos
não gostar de participar de um quiz no final de cada aula ou testar a nós
mesmos toda vez que terminamos de ler um capítulo, mas fazer isso
provavelmente nos ajudaria a lembrar do material no exame final — e
até mesmo depois que a aula terminasse.
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